Era uma vez o homem-pássaro.
Livre, simples, satisfeito em si.
Um dia cortaram-lhe as asas despiram-no de penas,compraram-lhe um bom par de sapatos e então passou a andar.
Devagar descobriu os males da terra.
Deixou de cantar pouco depois da etiqueta, não queria soar inconveniente.
Por mais que tentassem sempre pareciam saudosistas.
Dentro de si sabiam que foram feitos para voar, mas reprimiam-se por medo de serem descriminados.
Hoje andam pelas ruas,
fingindo ser livre, simples e satisfeito com os seus bens.

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